"Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." (Antoine de Saint-Exupéry)
20 maio 2009
15 maio 2009
08 maio 2009
Ninguém mandou não lacrar seu bolso...
Estabelecimento comercial "ganha" estacionamento para clientes feito com dinheiro do povo dado pela prefeitura em terreno público. Adeus canteiro central. Imaginem quando os carrinhos atravessarem a avenida e os veículos passando. O concorrente não vai ganhar, já ganhou antes. Agora é a vez de outros. Será que chegará a nossa vez?
05 maio 2009
A mente novamente
“As coisas não são boas nem más; a mente é que faz que sejam”.
(William Shakespeare)
(William Shakespeare)
03 maio 2009
Foi quase um dia
Imagino o dia sem acabar
para se repetir o incansável,
para se comer o insaciável,
para beber do inesgotável.
A chuva refrescou o dia,
a mente silenciou o medo,
o remédio curou a dor.
O som se fez Tom,
a cor se fez Dali.
Esperando o tac após séculos do tic.
O piscar não viu a tarde,
o tempo secou a boca.
O lábio se curvou acima,
o olhou umideceu
e a luz, que bateu, lhe fez parecer o sol.
Será, espero, um dia assim?
para se repetir o incansável,
para se comer o insaciável,
para beber do inesgotável.
A chuva refrescou o dia,
a mente silenciou o medo,
o remédio curou a dor.
O som se fez Tom,
a cor se fez Dali.
Esperando o tac após séculos do tic.
O piscar não viu a tarde,
o tempo secou a boca.
O lábio se curvou acima,
o olhou umideceu
e a luz, que bateu, lhe fez parecer o sol.
Será, espero, um dia assim?
Inteligência
"Finge-te de idiota e terás o céu e a terra."
Nelson Rodrigues
"Há tantos burros mandando em homens de inteligência que às vezes fico pensando que a burrice é uma Ciência."
RuiBarbosa
"Não há nada tão eqüitativamente distribuído no mundo como a inteligência: todos estão convencidos de que têm o suficiente."
René Descartes
Nelson Rodrigues
"Há tantos burros mandando em homens de inteligência que às vezes fico pensando que a burrice é uma Ciência."
RuiBarbosa
"Não há nada tão eqüitativamente distribuído no mundo como a inteligência: todos estão convencidos de que têm o suficiente."
René Descartes
GPS pra que?
Fomos ao rancho do Aguinaldo e Augusta, para comemorar suas bodas de rubi juntos, com os pacus como indicativos de rota. Sem GPS. Pra que?
Peninha
O Corinthians conseguiu um feito difícil de ser batido novamente. Ganhou de S Paulo e Santos nas finais e mais o campeonato invicto. Tirou do meu Palmeiras o título de último invicto com um jogo a mais. Merecido. Com um único tiro, digo campeonato, matou os três rivais.
02 maio 2009
Eu
Tente por um instante observar seu corpo. Suas pernas, seus braços, tronco, cabeça. Tente imaginar que ele não mais exista. Observe seus pensamentos. Isole-se deles, imagine-se observando o que ocorre em sua cabeça, o que lhe vem à mente. Desapareça com seus pensamentos. O que resta? Consegue perceber que resta algo, mas que é inexplicável? Pois bem, o que resta é tudo o que realmente existe. Alguma coisa inefável. O que resta é o que fica de você. Independente de seu corpo e de sua mente. A essência verdadeira, comum a todos nós, onde a individualidade desaparece. A consciência universal. Deus. A esse estado chama-se de iluminação. Significa que Deus vive dentro de nós e somos ele. Temos todo o universo e a eternidade dentro de nós. O tempo não existe aí, tudo acontece no mesmo momento e num instante passa-se a eternidade. Colocado o pé nesse caminho, pisa-se o caminho todo.
A esse estado de iluminação chega-se pela meditação, e não só por ela, mas preferencialmente por ela. Jesus e Buda viviam nesse estado por quase todo tempo. E assim tudo se explica neles. Somos uma coisa única chamada Deus, ou outro nome que se queira dar, mas somos uma consciência só.
“Se examinarmos esta folha de papel com maior profundidade, poderemos ver nela o sol. Sem o sol, não há floresta. Na verdade, sem o sol não há vida. Sabemos, assim, que o sol também está na folha de papel. O sol e o papel são juntos. E se prosseguirmos em nosso exame, veremos o lenhador que cortou a árvore e a levou à fábrica para ser transformada em papel. E vemos o trigo. Sabemos que o lenhador não pode existir sem seu pão de todo o dia. Portanto, o trigo que se transforma em pão também está nesta folha de papel. O pai e a mãe do lenhador também estão aqui. Quando olhamos dessa forma, veremos que sem todas essas coisas, esta folha de papel não teria condições de existir. Por mais fina que esta folha seja, tudo o que há no universo está nela" [Thich Nhat Hanh].
Aprendemos a identificar nosso “eu” como sendo a nossa mente e nosso corpo. Percebemos a presença de nossa mente pelos pensamentos, é sua função. É função do cérebro, assim como são as dos outros órgãos do corpo. Tudo o que percebemos é o que temos agora, nesse instante. Não temos mais nada que o agora. O agora é tudo o que existe. O passado e o futuro são ilusão mental. Mas o que temos agora em nossa mente e nosso corpo já não é aquilo que tínhamos há anos atrás, há horas atrás, há minutos atrás. Os pensamentos e as células que temos agora não são os que tínhamos há segundos. Tudo é impermanente, tudo se transforma a cada instante. Isso não é o verdadeiro “eu”’. A impermanência é a única coisa que devemos acreditar. Estamos presos ao desejo de que as coisas permaneçam e não é assim. Então ao que damos o nome de “eu”, se não há nada nesse “eu” que permanece? Esse “eu” é uma ilusão que nossos pensamentos nos passa para vivermos e interagirmos no mundo material manifestado, para sobrevivermos num mundo pragmático.
Nosso corpo, nossa mente e tudo no mundo é a manifestação de Deus no plano psicofísico, a manifestação da consciência de Deus numa dimensão entre muitas possíveis. Somos um fluxo que passa por essa dimensão. O tempo e o espaço não passam, nós é que passamos por eles, como a correnteza que corre pelo leito do rio. Não somos a água, somos a correnteza.
Para entendermos a impermanência é preciso nos livramos dos pensamentos e dos desejos ligados ao mundo. O segredo é observar os pensamentos. O segredo é ficar atento a tudo que se passa sem pensar. Nossos pensamentos querem tomar conta de tudo. Eles são vorazes. Cada pensamento tem a pretensão de ser extremamente importante. Cada pensamento quer sugar sua completa atenção. Não leve seus pensamentos a sério! Com que facilidade as pessoas ficam aprisionadas nas armadilhas de seus pensamentos. A sabedoria não é um produto do pensamento. A sabedoria é um profundo conhecimento que vem do simples ato de dar total atenção a alguém ou a alguma coisa. A atenção é a inteligência primordial, a própria consciência. Ela dissolve as barreiras criadas pelo pensamento, levando-nos a reconhecer que nada existe em si e por si. A inteligência une a pessoa que observa ao objeto observado, num campo unificado de percepção. Sempre que você mergulha em pensamentos compulsivos está impedindo o que existe. Você não quer estar onde está. AQUI. AGORA. E qual a ilusão básica? É a identificação com o pensamento.
Parece assustador e inimaginável que o “eu” possa deixar de existir. O “eu” que você concebe é apenas uma forma temporária na consciência. Sua essência, seu EU SOU eterno é a única coisa que você não perde nunca. Há muito sofrimento e tristeza quando você acha que cada pensamento que passa por sua cabeça é verdadeiro. Não são as situações que causam infelicidade. São os pensamentos a respeito das situações que deixam você infeliz. As interpretações que você faz, as histórias que conta para si mesmo é que deixam você infeliz.
“Há duas espécies de pensamento. Não há nada de errado em pensar no sentido que denomino "pensamento técnico". Precisamos pensar a fim de andar daqui até o canto, para assar um bolo ou resolver um problema de Física. Esse uso da mente é correto. Não é nem real, tampouco irreal; é só o que é. Porém, opiniões, julgamentos, lembranças, devaneios a respeito do futuro, 90% dos pensamentos que giram em nossa mente não têm qualquer realidade essencial. Do nascimento até a morte, a menos que despertemos, desperdiçamos quase toda a nossa vida em função deles. A parte horrível do sentar (e, acreditem, é horrível) está em começarmos a ver o que de fato se passa em nossa mente. É chocante para todo mundo. Vemos que somos violentos, preconceituosos e egoístas. Somos tudo isso porque uma vida condicionada, com base em falsos pensamentos, levou-nos a esse estado. Os seres humanos são essencialmente bons, gentis e compadecidos, mas é preciso um grande esforço de escavação para extrair essa jóia das entranhas de nosso ser.” [Charlotte Joko Beck]
Seria inconseqüente dizer que podemos nos livrar de pensar. Não é isso. O que devemos ser é um observador de nossos pensamentos e escolher o que pensamos. Quase a totalidade dos pensamentos é repetitiva ou não nos leva pra um lugar melhor. Sendo observadores, despertos, atentos, nesse momento passamos a uma forma de atenção ao momento presente, ao agora, assim eliminamos os pensamentos indesejados e treinamos nossa mente para cada vez ser mais seletiva, diminuindo a distância que nos separa da iluminação. Se percebermos que o pensamento quando ocorre é uma ilusão, imediatamente ele se dissolverá. Os iluminados fizeram e fazem isso por dom natural ou porque aprenderam. Devemos seguir esse caminho se quisermos.
"Praticar é perceber a mente pura dentro da ilusão. Se você tentar expulsar a ilusão, ela persistirá ainda mais. Diga simplesmente: 'Ah! Isto é apenas ilusão', e não se deixe perturbar por ela." [Shunryo Suzuki]
Precisamos parar de acreditar no que pensamos, precisamos acreditar no que somos.
A esse estado de iluminação chega-se pela meditação, e não só por ela, mas preferencialmente por ela. Jesus e Buda viviam nesse estado por quase todo tempo. E assim tudo se explica neles. Somos uma coisa única chamada Deus, ou outro nome que se queira dar, mas somos uma consciência só.
“Se examinarmos esta folha de papel com maior profundidade, poderemos ver nela o sol. Sem o sol, não há floresta. Na verdade, sem o sol não há vida. Sabemos, assim, que o sol também está na folha de papel. O sol e o papel são juntos. E se prosseguirmos em nosso exame, veremos o lenhador que cortou a árvore e a levou à fábrica para ser transformada em papel. E vemos o trigo. Sabemos que o lenhador não pode existir sem seu pão de todo o dia. Portanto, o trigo que se transforma em pão também está nesta folha de papel. O pai e a mãe do lenhador também estão aqui. Quando olhamos dessa forma, veremos que sem todas essas coisas, esta folha de papel não teria condições de existir. Por mais fina que esta folha seja, tudo o que há no universo está nela" [Thich Nhat Hanh].
Aprendemos a identificar nosso “eu” como sendo a nossa mente e nosso corpo. Percebemos a presença de nossa mente pelos pensamentos, é sua função. É função do cérebro, assim como são as dos outros órgãos do corpo. Tudo o que percebemos é o que temos agora, nesse instante. Não temos mais nada que o agora. O agora é tudo o que existe. O passado e o futuro são ilusão mental. Mas o que temos agora em nossa mente e nosso corpo já não é aquilo que tínhamos há anos atrás, há horas atrás, há minutos atrás. Os pensamentos e as células que temos agora não são os que tínhamos há segundos. Tudo é impermanente, tudo se transforma a cada instante. Isso não é o verdadeiro “eu”’. A impermanência é a única coisa que devemos acreditar. Estamos presos ao desejo de que as coisas permaneçam e não é assim. Então ao que damos o nome de “eu”, se não há nada nesse “eu” que permanece? Esse “eu” é uma ilusão que nossos pensamentos nos passa para vivermos e interagirmos no mundo material manifestado, para sobrevivermos num mundo pragmático.
Nosso corpo, nossa mente e tudo no mundo é a manifestação de Deus no plano psicofísico, a manifestação da consciência de Deus numa dimensão entre muitas possíveis. Somos um fluxo que passa por essa dimensão. O tempo e o espaço não passam, nós é que passamos por eles, como a correnteza que corre pelo leito do rio. Não somos a água, somos a correnteza.
Para entendermos a impermanência é preciso nos livramos dos pensamentos e dos desejos ligados ao mundo. O segredo é observar os pensamentos. O segredo é ficar atento a tudo que se passa sem pensar. Nossos pensamentos querem tomar conta de tudo. Eles são vorazes. Cada pensamento tem a pretensão de ser extremamente importante. Cada pensamento quer sugar sua completa atenção. Não leve seus pensamentos a sério! Com que facilidade as pessoas ficam aprisionadas nas armadilhas de seus pensamentos. A sabedoria não é um produto do pensamento. A sabedoria é um profundo conhecimento que vem do simples ato de dar total atenção a alguém ou a alguma coisa. A atenção é a inteligência primordial, a própria consciência. Ela dissolve as barreiras criadas pelo pensamento, levando-nos a reconhecer que nada existe em si e por si. A inteligência une a pessoa que observa ao objeto observado, num campo unificado de percepção. Sempre que você mergulha em pensamentos compulsivos está impedindo o que existe. Você não quer estar onde está. AQUI. AGORA. E qual a ilusão básica? É a identificação com o pensamento.
Parece assustador e inimaginável que o “eu” possa deixar de existir. O “eu” que você concebe é apenas uma forma temporária na consciência. Sua essência, seu EU SOU eterno é a única coisa que você não perde nunca. Há muito sofrimento e tristeza quando você acha que cada pensamento que passa por sua cabeça é verdadeiro. Não são as situações que causam infelicidade. São os pensamentos a respeito das situações que deixam você infeliz. As interpretações que você faz, as histórias que conta para si mesmo é que deixam você infeliz.
“Há duas espécies de pensamento. Não há nada de errado em pensar no sentido que denomino "pensamento técnico". Precisamos pensar a fim de andar daqui até o canto, para assar um bolo ou resolver um problema de Física. Esse uso da mente é correto. Não é nem real, tampouco irreal; é só o que é. Porém, opiniões, julgamentos, lembranças, devaneios a respeito do futuro, 90% dos pensamentos que giram em nossa mente não têm qualquer realidade essencial. Do nascimento até a morte, a menos que despertemos, desperdiçamos quase toda a nossa vida em função deles. A parte horrível do sentar (e, acreditem, é horrível) está em começarmos a ver o que de fato se passa em nossa mente. É chocante para todo mundo. Vemos que somos violentos, preconceituosos e egoístas. Somos tudo isso porque uma vida condicionada, com base em falsos pensamentos, levou-nos a esse estado. Os seres humanos são essencialmente bons, gentis e compadecidos, mas é preciso um grande esforço de escavação para extrair essa jóia das entranhas de nosso ser.” [Charlotte Joko Beck]
Seria inconseqüente dizer que podemos nos livrar de pensar. Não é isso. O que devemos ser é um observador de nossos pensamentos e escolher o que pensamos. Quase a totalidade dos pensamentos é repetitiva ou não nos leva pra um lugar melhor. Sendo observadores, despertos, atentos, nesse momento passamos a uma forma de atenção ao momento presente, ao agora, assim eliminamos os pensamentos indesejados e treinamos nossa mente para cada vez ser mais seletiva, diminuindo a distância que nos separa da iluminação. Se percebermos que o pensamento quando ocorre é uma ilusão, imediatamente ele se dissolverá. Os iluminados fizeram e fazem isso por dom natural ou porque aprenderam. Devemos seguir esse caminho se quisermos.
"Praticar é perceber a mente pura dentro da ilusão. Se você tentar expulsar a ilusão, ela persistirá ainda mais. Diga simplesmente: 'Ah! Isto é apenas ilusão', e não se deixe perturbar por ela." [Shunryo Suzuki]
Precisamos parar de acreditar no que pensamos, precisamos acreditar no que somos.
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