aprendendo

26 julho 2015

A impossibilidade humana

Há dias vimos assistindo e lendo matérias sobre as novas descobertas acerca do universo. Achado planeta similar à Terra em posição a outro sol, com tamanho parecido, longínquo e com possibilidades existência de vida. Nosso mais distante planeta-anão solar, Plutão, e sua foto inusitada que demora horas para ser recebida à velocidade da luz e reproduzida por uma tecnologia super sofisticada de imagens virtuais possíveis. Imaginem o quão imenso é o espaço onde existem esses astros. A luz do Sol demora oito minutos pra chegar aqui. Desse planeta a luz demora 1400 anos. Teotihuacan no México (século VI), com uma população de mais de 125 mil pessoas, ainda era a sexta maior cidade do mundo na época em que luz saiu daquele planeta.
Continuamos procurando uma prova de que não estamos só. Uma coisa paradoxal. Procuramos por vida quando já temos ao nosso lado.
Se você sozinho, após 1400 anos viajando à velocidade da luz, chegasse num planeta desses e  encontrasse um formiga sob seus pés a esmagaria? Jogaria o lixo da nave na água que encontrasse por lá? Por que fazemos isso aqui? Não existe no universo um lugar onde haja coisas como nós temos por aqui. Seres "inteligentes" como nós então é uma impossibilidade. Somos um impossibilidade. É uma chance tão remota quanto a quantidade de zeros que você conseguiria escrever sem parar durante toda a sua vida. E olha, é de todos nós nesse planeta escrevendo zeros juntos.
No entanto preferimos acharmos tempo para o ódio, o extermínio, a extinção, o mau trato ambiental. Se você entende o mínimo de economia calcule qual seria o custo do prejuízo dessa extinção para a recolocação de seres iguais a serem encontrados no universo para substituí-los. Não só nós, as moscas também. Um único ser que seja. Um vírus. Não achamos nada disso em lugar algum a não ser do nosso lado. Tão perto.
O que faltou no projeto humano para entendermos isso? Para enxergarmos no próximo uma raridade dessas. E nem estou falando do ponto de vista religioso, de uma criatura de Deus. Falo de uma probabilidade matemática infinitesimal.
Precisamos urgentemente nos dar o devido valor dessa raridade. Sabe-se lá quantos quilates de pureza. Joia rara e improvável.
ACORDA HOMEM, ESTÁ NA HORA DE CELEBRAR A VIDA.

30 frases de Buda

1. “A raiz do sofrimento é o apego.”
2. “Abandone a raiva, abandone o orgulho, e liberte-se da escravidão mundana. Nenhuma tristeza pode acontecer com aqueles que nunca tentam possuir gente e coisas como o seu próprio eu.”
3. “A pureza e a impureza dependem de si; ninguém pode purificar o outro.”
4. “A nossa vida é formada pela nossa mente; somos o que pensamos.”
5. “Aquele que se conquista é maior do que o outro que conquista mil vezes mil homens no campo de batalha.”
6. “Se você não encontra ninguém que o apoie no caminho espiritual, ande sozinho. Não há nenhuma companhia com um imaturo.”
7. “Não há nenhum medo naquele cuja mente não é cheia de desejos.”
8. “Se algo valer a pena faça-o, faça-o com todo o seu coração.”
9. “Você mesmo deve esforçar-se. Os Buddhas só apontam o caminho.”
10. “Aqueles que destruíram as raízes do ciúme têm a paz da mente sempre.”
11. “Não há nenhuma impureza maior do que a ignorância.”
12. “O mundo sofre por morte e decadência. Mas os sábios não se afligem, tendo encontrado a natureza do mundo.”
13. “Cada um não é sábio porque fala muito. São sábios quem são pacientes, e livres de ódio e medo.”
14. “Seja quem for que não chameja em alguém que é vitórias zangadas uma batalha muito para ganhar.”
15. “Não é nobre quem prejudica seres vivos. São nobres quem não prejudica ninguém.”
16. “Guarde os seus pensamentos, palavras, e feitos. Essas três disciplinas vão apressar-lhe ao longo do caminho à sabedoria pura.”
17. “Deve você aceitar o que um crítico sábio indica em suas faltas, segue-o como uma guia ao tesouro oculto.”
18. “Não dê a sua atenção ao que os outros fazem ou não conseguem fazer; dê-o ao que você faz ou não consegue fazer.”
19. “Quando você está vivendo na escuridão, por que não procura a luz?”
20. “Olhando depois você mesmo, você olha depois de outros. Olhando depois de outros, você olha depois você mesmo.”
21. “Faça a sua mente pura como um prateiro tira a impureza de prata, pouco a pouco, instante a instante.”
22. “Não tente construir a sua felicidade na infelicidade dos outros. Você será cairá em uma rede do ódio.”
23. “Os sábios são disciplinados em corpo, discurso, e mente. Eles são bem controlados de fato.”
24. “Ilumine a lâmpada dentro de si; esforce-se muito por alcançar a sabedoria.”
25. “Resolutamente treine-se a alcançar a paz.”
26. “A meditação traz a sabedoria; falta de ignorância de folhas de meditação. Saiba bem o que o leva a expedir e o que o retém, e escolher o caminho que leva à sabedoria.”
27. “Dê, mesmo se você só tiver um pouco.”
28. “Tão como uma rocha sólida não é sacudida pela tempestade, ainda assim os sábios não são afetados por louvor ou culpa.”
29. “Não desperdice um momento, já que os momentos desperdiçados lhe levam abaixo.”
30. “Se você esquecer a alegria da vida e for pego nos prazeres do mundo, você invejará aqueles que puseram a meditação em primeiro.”

fonte: http://goo.gl/RJMSvQ

06 julho 2015

Acelerando...

Há milhões de anos pusemos o pé no acelerador com o Homo Erectus. Descobrimos o fogo e como produzi-lo. Perdemos os pelos há um milhão de anos. Há centenas de milhares de anos começamos a controlá-lo e a cozinhar, e inventamos as ferramentas. Começamos a ter o controle sobre os outros animais. Começamos a cobrir o corpo e construir abrigos com couro e a evolução dos piolhos nos dizem isso, segundo cientistas, há 170 mil anos na Idade do Gelo, faz sentido, já como Homo Sapiens. Mulheres começaram a tecer há 30 mil anos. Há alguns milhares de anos, seis ou sete, aprendemos a semear e a controlar a agricultura, pelas mulheres provavelmente, homens caçavam e mulheres colhiam. Apareceram o linho e a seda.
Há 2500 anos apareceram a filosofia e os pensadores.
Há novecentos anos chineses inventaram o papel e a estampagem. Há setecentos anos as roupas passaram a ser adaptadas ao corpo com costuras, curvas, rendas e botões. Há 650 anos coreanos imprimiram o primeiro livro e Gutenberg reinventou a tipografia moderna oito décadas depois para o ocidente.
Há 500 anos navegantes descobridores ibéricos encontram o Novo Mundo e seus povos.
A três séculos Isaac Newton estabelece as bases da física moderna. Há 250 anos acontece a Revolução Industrial com James Watt inventando o motor a vapor. A sua cidade, Manchester - Inglaterra, cresce de 20 a 160 mil habitantes em uma década. A máquina a vapor, com trens e navios, começa a diminuir distâncias. A força animal é substituída pela mecânica e as ferramentas pelas máquinas. Aparecem os resíduos sólidos acrescidos aos putrescíveis anteriores. O petróleo torna-se valioso. O crescimento populacional e urbano dispara.
Há duzentos anos avistou-se e encontramos a Antártica.
O telefone inventado por volta de 155 anos pelo italiano Antonio Meucci, que o chamou "telégrafo falante". Há 120 anos Edson cria a General Electric, torna-se a maior empresa do planeta, e difunde a eletricidade e a iluminação. Começa a eletromecânica, os arranha-céus e o elevador de Otis. Com Hertz e Marconi surge o rádio.
Holerite cria a empresa e Watson, em 1924, muda seu nome para IBM, primeira em informática no mundo. Há 100 anos Einstein, com sua teoria da relatividade, e Planck, Bohr, Rutherford, Heisenberg, Feynman, Schrödinger transformam o modo de se ver o mundo com a física quântica e de partículas. Surge a televisão e desenvolve-se ao longo do século.
Durante o século XX explodem as ciências biológicas, psíquicas e humanas. Surgem a psicanálise com Freud e a penicilina com Fleming. Inicia-se a migração urbana. Surgem as metrópoles e a bomba atômica. As aeronaves e os foguetes. Desenvolve-se a capacidade de uso não energético do petróleo, surgem os polímeros sintéticos que inauguraram uma nova classe de resíduos sólidos. Intensifica-se o uso de fertilizantes químicos.
Cresce muito a poluição ambiental com os resíduos em grande escala durante o século.
O primeiro computador eletromecânico foi construído por Konrad Zuse em 1936, engenheiro alemão. Começam a surgir as linguagens de programação. ENIAC foi o primeiro computador a válvula construido uma década depois pelo exército americano e anunciado após a Segunda Guerra.
Começa a eletrônica e a telecomunicação.
Há 68 anos é criado o transistor nos laboratórios Bell. Surge a Xerox e a copiadora. Há 60 anos nasce a internet e televisão colorida. A Sony lança a TV com transistor, antes valvulada e a Matsushita a miniaturiza com tela plana.
Alunizamos há 46 anos com Armstrong. Há 40 anos aparecem as poderosas do software Apple e Microsoft com Steve Jobs e Bill Gates. A Apple anuncia o primeiro microcomputador pessoal. A Motorola apresenta seu aparelho de telefonia celular móvel. Em 1981 a parceria IBM - Microsoft lança o sistema operacional de discos MS-DOS. Aparece o computador portátil (notebook) Osborne 1. Há trinta anos é lançado o Windows pela MS.
Há 34 anos foi conseguida a primeira planta geneticamente modificada. A Biotecnologia ganha força.
Há duas décadas e meia é lançada a internet e começam a surgir as mega empresas virtuais Google, Orkut, Youtube, Instagram, Twitter, Facebook e Whatsapp. O surgimento do smartphone tem 23 anos, com o Simon, da IBM e uma década depois aparecem o Nokia e o Handspring (Palm). Depois o Blackberry e o iPaq da HP.
Nasce há 18 anos a primeira ovelha clonada de nome Dolly.
Decodificação do genoma humano completa 10 anos. Há dez anos a população urbana passa a rural. Surgem os drones. Os androides e robôs super inteligentes.
Acredito que perdemos os freios. À frente uma falésia sem fim.

03 julho 2015

O tempo não volta

Imaginem fazer o tempo retroceder. Físicos garantem que qualquer acontecimento do nosso cotidiano poderia ser revertido, a qualquer momento. Por que as coisas não se revertem? Por que o futuro é totalmente diferente do passado?
Newton mergulhou nos estudos. Foi aí que ele criou suas famosas três leis da dinâmica, entre elas a conhecida máxima de que para cada ação há uma reação oposta da mesma intensidade. As leis de Newton conseguem descrever o mundo de maneira espantosa. Mas elas têm uma estranha característica: funcionam tão bem de trás para a frente quanto de frente para trás. Obviamente, isso está errado, mas quase todas as teorias formuladas por físicos desde Newton têm o mesmo problema. “As leis fundamentais da Física não distinguem entre o passado e o futuro”, define Sean Carroll, físico do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos.
A primeira pessoa a encarar esse problema seriamente foi o físico austríaco Ludwig Boltzmann, que viveu na segunda metade do século 19. Naquela época, muitas das ideias que hoje sabemos serem verdadeiras ainda estavam sendo discutidas, inclusive a de que tudo é feito de minúsculas partículas chamadas átomos. Boltzmann estava convencido de que os átomos existiam. Mesmo tendo sido desprezado pela comunidade científica da época, ele defendia uma relação entre o aquecimento de materiais e a passagem do tempo. Na época, os físicos desenvolveram a teoria da termodinâmica, que descreve o comportamento do calor. Contrariamente a seus colegas, Boltzmann acreditava que o aquecimento era provocado por uma movimentação aleatória de átomos, e que a termodinâmica poderia ser explicada assim. O austríaco partiu de um estranho conceito: a entropia.
Pela termodinâmica, todos os objetos do mundo têm uma certa quantidade de entropia associada a ele, e quando algo acontece, essa quantidade aumenta. Por exemplo, ao colocarmos cubos de gelo em um copo d’água, a entropia dentro do copo aumenta. O aumento da entropia é diferente de tudo o mais na Física: é um processo que ocorre em apenas uma direção. Para explicar isso, Boltzmann descobriu que a entropia mede o número de maneiras pelas quais os átomos podem se rearranjar, assim como a energia que eles carregam. Ou seja, a entropia aumenta quando os átomos ficam mais desordenados. Por isso, o gelo derrete na água. Há muito mais formas para as moléculas se rearranjarem no estado líquido do que no estado sólido.
Segundo Boltzmann, a entropia está relacionada com possibilidades. Objetos com baixa entropia são arrumados e, portanto, com menos probabilidade de existir ou permanecer como estão. Objetos com alta entropia são desordenados, o que os torna mais passíveis de existir. Essa teoria pode ser um pouco deprimente, principalmente se você é do tipo organizado. Mas as ideias de Boltzmann parecem ter um lado positivo: elas conseguem explicar a direção do tempo. Basicamente, se o universo como um todo se desloca de uma baixa entropia para uma alta entropia, nunca poderemos ver os acontecimentos se reverterem. Nunca veremos um ovo se “desquebrar” porque existem várias maneiras para rearranjar os pedaços dele, e todas elas levam a um ovo rachado em vez de um ovo intacto. A definição de entropia de Boltzmann explica até por que podemos nos lembrar do passado mas não podemos adivinhar o futuro. Para ele, o futuro é diferente do passado simplesmente porque a entropia aumenta. Como forma de endossar sua teoria, o físico também desenvolveu a hipótese do passado, segundo a qual, em algum ponto em um passado distante, o universo estava em um estado de baixa entropia.
Mas se um estado de baixa entropia é pouco provável, como o universo permaneceu assim por um certo tempo? Bem, isso Boltzmann nunca conseguiu explicar. Mas cientistas que o sucederam fizeram descobertas que sugerem uma resposta. Para começar, no século 20 aprendemos que o universo teve um início, quando era uma partícula incrivelmente quente e densa que rapidamente se expandiu e se resfriou, formando tudo o que existe hoje. Esta rápida expansão é o que conhecemos como o Big Bang. É verdade que uma enorme explosão cósmica não parece algo com uma baixa entropia. Mas, aparentemente, esse conceito é ligeiramente diferente quando há um excesso de matéria.
Imagine uma vasta região vazia do espaço, no meio da qual está uma nuvem de gás com a massa do Sol. A gravidade mantém o gás unido, de maneira a compactá-lo e acabar formando uma estrela. Como isso é possível, se a entropia só aumenta? A resposta é simples: a gravidade afeta a entropia. No caso de objetos verdadeiramente gigantescos, ser grumoso tem mais entropia do que ser denso e uniforme. Ou seja, um universo com galáxias, estrelas e planetas tem uma entropia mais alta do que um universo cheio de gases quentes e densos. Para entender melhor o Big Bang, Sean Carroll e seus ex-alunos propuseram um modelo pelo qual “universos bebês” estão constantemente surgindo do nada, separando-se de seu “universo-mãe” e se expandindo para se tornarem universos como os nossos. E é a entropia desse “universo de universos” que sempre será grande, apesar de cada parte ter uma baixa entropia. Se isso for verdade, o universo só parece ter uma baixa entropia porque não podemos ver tudo o que está à sua volta. Isso também valeria para a direção do tempo.
A Física moderna se baseia em duas grandes teorias. A mecânica quântica explica o comportamento de pequenos objetos, como os átomos, enquanto a relatividade descreve coisas grandes, como as estrelas. Para descrever o universo em sua origem, é preciso combinar as duas teorias para formar uma “teoria de tudo”. Essa máxima será a chave para entendermos a seta do tempo. “Descobrir essa teoria vai nos ajudar a compreender como a natureza construiu o espaço e o tempo”, diz Marina Cortês, física na Universidade de Edinburgo, na Escócia.
Por enquanto, a mais promissora teoria de tudo é aquela que diz que todas as partículas subatômicas são compostas de minúsculos cordões. Essa teoria também defende que o espaço tem mais do que três dimensões e que nós vivemos em uma espécie de ‘multiverso’, onde as leis da física são diferentes em cada universo. Agora, Cortês está trabalhando em teorias alternativas a essa que possam incorporar a seta do tempo em um nível fundamental. Ela sugere que o universo é feito de uma série de eventos únicos, que nunca se repetem. Cada conjunto de eventos só pode influenciar os eventos do conjunto seguinte. Assim, se forma uma direção para o tempo. “O tempo não é uma ilusão. Ele existe e está realmente avançando”, explica a cientista. Seja qual for a maneira de explicar a direção do tempo, ela sempre estará ligada àquele estado de baixa entropia do princípio do universo.

Este artigo é uma condensação de outro, escrito por Adam Becker da BBC Future

Meu níver com Almir em Araraquara. Show campeão.


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