aprendendo

12 janeiro 2010

Pecadinho e pecadão

Sábado pra domingo, 3 horas da madrugada, 10/01/2010.
Toca o telefone. Por sorte estava tomando água, coisa da idade, e o susto não foi maior. "Pai, aconteceu uma coisa chata. Minha amiga bateu  carro e vc não poderia vir aqui, porque a moça do outro carro está tchuca e querendo bater na minha amiga." A conversa se prolongou por uns instantes, ninguém se machucou, e fui até lá. O sujeito, claramente embriagado, não parou onde deveria, frente a preferencial, onde a amiga de minha filha passava, com minha filha de carona, atingindo seu carro violentamente. Chegando lá a políca já estava no local. Logo também chegou o pai da amiga. Então questionei sobre os exames de dosagem alcoólica, ao que fui informado que se o fizessem teria que ser em todos os envolvidos. Decidiu-se por não fazer em ninguém. Ué, porque não! Porque a amiga tinha cometido um "pecadinho"! Tomara somente um gole. E aí? Aí que, por causa de um pecadinho, o dono do pecadão se safou.
Não tenho a pretensão de radicalizar nenhuma opinião sobre o que as pessoas devem ou não fazer, mas enquanto não nos convencermos de que um pecadinho tem o mesmo efeito de um pecadão, nosso mundo afundará. "Mas é so um chicletinho que joguei fora!" De chicletinho em chicletinho azaramos o ambiente e chegamos onde chegamos.
Se dirigir não beba. Não beba nada. Digo novamente: NADA.

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