aprendendo

24 setembro 2016

Candidatos que pulam pra outro galho.

Tive a curiosidade, como sempre, de buscar no sítio da internet do TSE as informações sobre os candidatos aos cargos eletivos em Jaú. E como de outras vezes fui procurar pelo em ovo, como diriam os mais próximos. Não sossego. Enfim...
Dos candidatos a vereador (268) que haviam na lista do TSE, 182 se registraram em 61 tipos de ocupações listadas possíveis, mas 86 deles marcaram a ocupação como "outras". Sempre me pergunto que ocupações são essas que não estão naquelas 61. E olha que tentei imaginar várias delas, mas estão lá nas 61. Talvez se tivessem as opções "desocupado" ou "nenhuma" eliminaria boa parte desses "outras". Bom, o cara deve saber explicar no que se ocupa, mas por vias das dúvidas quer trocar essas "outras" por vereador. Ganha bem pra c...
No que se refere as distorções de representatividade adivinha se não se confirmam as óbvias: 80% são brancos e 68% homens. Não há como negar que vão legislar com o peso desses atributos entortando mais ainda essa sociedade já troncha de desigualdade. Casados são 57%, solteiros 30% e outros 13%.

Quanto à formação escolar segue uma tabela que fiz:

FORMAÇÃO POR PARTIDO
A coluna de ponderação calculei da maneira que o peso de cada coluna à direita é a soma dos pesos das duas anteriores à esquerda (Fibonacci) e a ordem descendente das linhas é por quantidade de candidatos por partido. Essa ponderação não relativiza partido contra partido, a quantidade de candidatos por partido difere muito, mas considera dentro de cada um sua formação acadêmica. Analisem com suas idiossincrasias, tão em moda no país que nos encontramos, imponderadamente dividido nas suas próprias.
Acho até que o espectro da coluna total não é tão ruim.

Entretanto, o que me sufoca é a tabela abaixo.


Dos 17 vereadores candidatos à reeleição 10 trocaram de partido, inclusive o candidato a prefeito!!! Praticamente 60% deles. O que isso significa?
Responderei a mim mesmo como prática de meditação a respeito de ir até uma urna (lixo) e votar (será que vou?) num camarada. É só um exercício de pensar sobre.
Significa, penso, que partidos que aceitam isso e candidatos que pulam de galho em galho não tem ideologia. Acho até que nem sabem o que é ideologia, pois se soubessem não fariam isso. Não têm programa de governo, ou se têm, nem fazem ideia do que isso representa e, pior, não seguem. Ou é tão amplo que pode-se fazer qualquer negócio. Acho que nem leem o tal programa, se é que funcionalmente saberiam seguir e interpretar o que está escrito nesses programas. Tenho dúvida, não afirmaria isso. Não têm noção do que o partido propõe como grupo político. Cada um faz o que lhe dá na telha. O único compromisso aparente é com a cobiça pelo cargo e pelo salário. Tanto que não desistem de seus aumentos e valores muito acima do que a iniciativa privada pagaria para tamanha ineficiência dos serviços que prestam.
Agora mudam de partido porque os seus anteriores se comprometeram com uma imagem que no momento não lhes convém ou beneficia para o pleito, é isso? Largam os galhos totalmente embosteados com a caca que fizeram e vazam. Tivesse um outro partido se dado bem, correriam feito um bando de macacos para o outro galho. Uma imensa vergonha, coisa que não têm o menor comprometimento com nada para fazer o que fazem. E justificam da forma que lhe vier à cabeça no momento em que são questionados. De uma simples resposta medíocre à mais estapafúrdia colocação ilógica e ideológica. Uma verdadeira salada de frutas podres. Se na próxima eleição os membros dos partidos para onde debandaram se comprometerem com alguma falcatrua, ou seja, eles próprios, arrumarão outros galhos para novamente pularem. Feito parasitas que sugam o hospedeiro até a morte e depois arrumam outro. Experimente perguntar por que mudaram. Verás que um filho teu foge à luta SIM, igual um veado corre da onça. Falta-lhes escrúpulos, falta-lhes vergonha.
Me pergunto, esses caras agora estão limpos? Pagaram os pecados dos partidos abandonados? Expurgaram suas almas (se é que têm) como se tivessem sido perdoados em uma confissão comunitária para começarem a pecar novamente? Podem ser considerados probos por isso?
Juro que não é pessoal o que escrevo, nem li os nomes dos envolvidos. Nem os conheço pessoalmente, somente fiz um exercício filosófico a respeito dessa debandada. isso é um fenômeno que acontece pelo país todo. Generalizei, mas é óbvio que pode não se aplicar a todos ou a nenhum, mas que me incomoda como eleitor essa atitude, incomoda.

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